Os Dias Lindos: Curadora Rosely Nakagawa selecionou 20 fotografias de Carlos Moreira (uma itinerância da mostra primeiramente apresentada em Santos, de junho a outubro de 2016. )

Fotografias Carlos Moreira

Curadoria Rosely Nakagawa

Exposição prorrogada.

Exposição de 18 de agosto a 07 de outubro de 2017.

 

A partir do dia 17 de agosto, semana anterior à abertura da SP-Arte/Foto 2017, a Utópica apresenta a exposição Os Dias Lindos, 20 fotografias de Carlos Moreira, com curadoria de Rosely Nakagawa, e que é uma itinerância da mostra primeiramente apresentada em Santos, de junho a outubro de 2016. O título “Os Dias Lindos” vem de uma crônica de Carlos Drummond de Andrade, publicada no jornal O Estado de São Paulo na mesma data de uma viagem feita por Carlos Moreira a Santos, durante a qual ele realizou algumas das fotografias selecionadas para a mostra. O dia era 27 de abril de 1975. As fotografias de Santos e Guarujá, das décadas de 1970 a 1980, são especiais por muitos motivos. Mostram cidades litorâneas ainda bucólicas e poéticas, nas quais as pessoas se entregam à paisagem, à contemplação sem pressa, longe da agitação que transformou o litoral Paulista ao longo dos últimos anos. As fotografias são cópias únicas - ampliadas pelo próprio autor nas décadas de 1970 e 80, em processo analógico, elas guardam processos e papéis que hoje não existem mais no mercado, encontrados apenas em coleções particulares e em museus. Os Dias Lindos traz imagens preciosas, que já foram pesquisadas por curadores e escritores, e expostas na Pinacoteca de São Paulo, na Caixa Cultural, no MASP, SESC entre outros espaços.

Carlos Moreira nasceu em São Paulo em 1936. Formou-se em Economia em 1964. Nesse mesmo ano começou a se dedicar integralmente à fotografia. Professor de fotografia desde 1972, primeiro na ECA-USP e depois no M2 Studio, fundado conjuntamente a Regina Martins em 1990, dedica-se a ensinar fotografia como ensaio pessoal, promovendo a reflexão sobre a produção contemporânea e a história da fotografia nos últimos 30 anos. Assumidamente influenciado no início de sua carreira por Lee Friedlander e Henri Cartier-Bresson, sua primeira exposição individual, realizada em 1973 no MASP, foi marcante pelas ampliações impecáveis feitas em papel fibra, ícones dos que se apaixonaram por fotografia assistindo “Blow Up, depois daquele beijo”, de Antonioni. Carlos Moreira realizou diversas exposições individuais e foi premiado com a bolsa da Fundação Vitae de Artes em 1994. O livro Carlos Moreira - São Paulo, publicado pelas Edições SESC, reúne um extenso ensaio fotográfico sobre a cidade de São Paulo, realizado pelo fotógrafo nos últimos 50 anos, e foi indicado ao Prêmio Jabuti 2015 na categoria Artes e Fotografia.