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ENTRE O SONHO E A VIGÍLIA Celso Brandão
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"Nós somos feitos da matéria de que são feitos os sonhos
e nossa pequena vida cercada pelo sono”William Shakespeare
"Sonhar é acordar-se para dentro"
Mario Quintana -
Celso Brandão vive em frente ao mar de Maceió, capital do estado de Alagoas, na região nordeste do Brasil, sua casa é cercada por um coqueiral e povoada por esculturas feitas por artistas populares, muitos dos quais descobertos por ele mesmo, enormes totens antropomórficos de madeira, animais esculpidos em troncos e restos de arvores pintados de cores vivas espalham-se pelos aposentos da casa e nos jardins que a cercam.
Na parte de trás do terreno, um mangue separa a terra da estrada que corre paralela a costa e atrás da estrada, depois da área urbana, começa o sertão, uma região mítica que se espalha por vários estados do país, a terra onde os descendentes dos povos nativos e dos escravos africanos misturados aos brancos vindos com os portugueses subsistem há séculos em uma luta diária contra a inclemência do sol e das secas, contra os latifúndios e a prepotência dos poderosos.
Uma terra árida, povoada de mitos e entidades que sobrevivem nas crenças e na imaginação dos artistas do povo com os quais Celso convive há mais de cinco décadas. Seus filmes e suas fotografias não são apenas documentos de uma época e de uma gente, são como portas que se abrem para um mundo onde o real convive com o imaginário.
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Celso Brandão
é cineasta e fotógrafo, sua obra cinematográfica e fotográfica inicia-se na década de 1970 e chega até os nossos dias, constante e incansavelmente, misturando sonho e realidade através da história e da arte da gente da sua terra.
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Veja mais em "Entre o sonho e a vigília" / More at "Between Dream and Awakeness"
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ENTRE O SONHO E A VIGÍLIA:
Celso Brandão: "Papangús" e "Tatuamunha"
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