Momento Decisivo
Curador Rosely Nakagawa
Em cartaz de 19 de fevereiro a 6 de abril, 2019
Abertura: sábado, 16 de fevereiro, das 11 às 17 horas. No dia da abertura às 15 horas, Rubens Matuck fará um passeio guiado pela praça Rafael Sapienza (vizinha à galeria), local de plantio e resistência cultivado pelo artista.
Com oferecimento da galeria e da marca britânica Derwent, que desde 1832 é mundialmente reconhecida por fabricar material artístico profissional e especializado, serão realizadas oficinas de desenho ministradas pelo artista ao público interessado.
Limite de 10 participantes por oficina.
O termo momento decisivo, internacionalmente difundida por Henri Cartier-Bresson, deriva de uma frase de Jean François Paul de Gondi, Cardeal de Retz (1613/1679) clérigo, escritor de memórias e ativista, que ajudou a provocar os protestos de populações menos privilegiadas e moradores de rua contra Luís XIV nas revoltas que ficaram conhecidas como A Fronda. A frase completa do Cardeal de Retz : “Nada há no mundo que não tenha o seu momento decisivo e o expoente do bom procedimento é reconhecer e agarrar essa ocasião”, na leitura da curadora da mostra, Rosely Nakagawa, remete ainda à arte chinesa, à pratica da arte Zen na apreensão e observação do mundo da arte de forma mais ampla, e aos 19 desenhos-pintura apresentados na Utópica a partir do dia 16 de fevereiro até o dia 6 de abril. Momento decisivo presente, por exemplo, na dualidade entre a reflexão-ação apresentada por Rubens Matuck. Na captação de/e um gesto mais rápido do que um click fotográfico, sua pincelada-desenho se concretiza imediatamente no papel, materializando o pensamento-emoção num movimento conjunto de corpo-comportamento transformador do universo plástico-grafico, nas palavras da curadora.
Rubens Matuck (São Paulo, SP 1952) estudou arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo na década de 1970. Então, já havia se iniciado em artes plásticas estudando com Aldemir Martins e Samson Flexor no fim dos anos sessenta, e Renina Katz durante os anos de faculdade. Trabalhou com ilustração no Jornal da Tarde até 1977, quando passou a se dedicar inteiramente às artes plásticas, continuando a carreira de ilustrador exclusivamente para livros infantis. Realizou diversas mostras de seu trabalho artístico, tendo destaque as mostras individuais no SESC Paulista em 1981, na Galeria São Paulo em 1986, no MASP em 1998. Em 2015 realizou a mostra “Tudo é semente” no SESC Interlagos, que reuniu 40 anos de sua produçao artística. Em 2016 o livro referente à mostra foi lançado pelas Edições SESC; o mesmo estará à venda na galeria Utópica no dia 16 de fevereiro.